14 abril, 2005

Amigos são a família que nos permitem escolher

Bons amigos são aqueles que oferecem o ombro nas horas difíceis.
E que tiram um sarro quando o problema já passou.
Mas amigo mesmo sabe respeitar a hora em que a gente quer ficar sozinho.
Bem, ciúmes de namorado (ficante, paquera, gabiru ou coisa que o valha) é chato páca, e amigo que nao sabe qdo está sendo incoveniente (e convenhamos, pode ser o melhor amigo do mundo, mas tem horas em que até ele é incoveniente) é igualmente chato.
Às vezes tudo que a gente quer é ficar sozinho e pensar na vida, ou nao pensar em nada, e essas horas sao as mais propícias pra falar aquelas coisas das quais nos arrependeremos mais tarde.
Coisas que podem custar caro, uma amizade por exemplo.
Há momentos e momentos, e tem alguns em que o próprio fato de nao conseguir esvaziar a mente e ter que lidar com os pensamentos que estao lá já irrita, momentos em que uma voz que nao pertença ao nosso mundo particular (aliás, qualquer voz que nao seja a própria) é tudo de que a gente não precisa.
Nesses momentos, o bom amigo é aquele que fica do nosso lado, parado, calado ou levanta-se e vai embora, tendo certeza de que foi o melhor a fazer e que nao nos importaremos com isso.
Amigo deve respeitar quando queremos bater um papo com outro amigo, ou um colega, irmao, ou qualquer outra pessoa; e nao deve se ofender com isso.
Porque a amizade é um sentimento infinatamente mais nobre que o amor, exatamente por permitir que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intríseco o ciúme, que nao admite rivalidade.

Amizade é algo complexo.
Mas a vida sem ela não tem tanto colorido.

Porque eu tô falando nisso?
Tava só pensando, só pensando...