30 maio, 2005

Bem, as últimas sobre o caso descrito no post anterior:

O Promotor, com direito a 02 horas de explanação, começou um pouco depois das 02 e meia da tarde.
Os advogados de defesa tiveram a oportunidade lá pelas 04:45h.
Depois teve meia hora de réplica (Promotor falando de novo) e mais meia hora de tréplica (advogados falando de novo).
Teve intervalo para lanche e agora foram para a votação dos quesitos: juíza, promotor, advogados, escrivão – mi papito – e jurados. A resposta a esses quesitos é que vão definir a condenação ou absolvição do réu.

Devo admitir que antes desse Júri começar, baseando-me apenas nos autos do processo, eu cria na condenação do cara. E agora tô na dúvida.
É evidente que o réu é culpado, mas conseguiram confundir as coisas de tal forma, que é bem possível que ele seja absolvido com base no princípio in dubio pro reu (na dúvida, a favor do réu).

Outra hora eu explico melhor e peço a opinião de vcs, meus caros conselheiros.
Agora meu irmão tá querendo usar o micro enquanto esperamos o pessoal sair da “Sala Secreta”.

Tá acontecendo um júri aqui.
Eu já perdi o interrogatório que foi de manhã, agora vem o mais legal: Acusaçao e Defesa.

Entonces, com licença, mas vou ali torcer pra um cara ser condenado.

Será que isso é estar espiritualizado?

Sabem, desde que meus pais começaram com essa de conhecer a si mesmo, eu fico divagando sobre o tema. É que eles acabam passando o aprendizado pra gente.
Aí a gente começa a pensar muito bem sobre as coisas. Talvez não na ordem certa, é verdade, mas ainda assim refletindo. É que as atitudes devem ser refletidas antes de serem colocadas em prática, e eu estou invertendo o processo.
Impulsividade. Eu tenho esse problema.
É certo que algumas vezes isso se revela muito útil.
Uma receita curiosa essa: impulsividade + cara de pau + falta de vergonha na cara.
Essa receita me rendeu papéis interessantes nos meus círculos de relacionamento.
Como por exemplo, o “cargo” de relações públicas no fórum (ao lado do mui carinhoso apelido de Lokinha). Minhas funções nesse cargo são algo como cobrar dinheiro para as festas, descobrir datas de aniversário (tipo de Promotor de Justiça e Juiz, a quem eu pergunto na maior cara dura enquanto a maioria fica com vergonha) e, principalmente, cobrar a execução dessas festas.
Mas voltemos ao assunto central.
Eu estava falando dos ensinamentos dos meus pais a respeito de espírito.
Não tô falando de ESPIRITISMO (e particularmente não tenho nada contra, porém é assunto pra outro post), mas o papo aqui é ESPIRITUALISMO.
O lance é tentar encontrar a si mesmo neste labirinto de emoções e de “achismos” que somos nós, seres humanos.
E se querem saber, os resultados dessa busca são surpreendentes. Às vezes descobrimos coisas sobre nós que vão de encontro à todos os nossos conceitos anteriormente formados.
A gente passa a analisar as situações mais simples do cotidiano sobre prismas muito diferentes dos habituais.
Ler uma frase, tirar uma carta no baralho Xamã, são pequenas coisas que nos tocam de uma forma estranha a quem não está acostumado.
Eu estou em fase de aprender com tudo isso. É um universo maravilhoso e desconhecido este que temos dentro de nós. Na verdade, o próprio universo conhecido passa a ser visto com outros olhos.

E pra ser sincera, tô adorando o papel de exploradora destes universos...

27 maio, 2005

O Escudo do Leste

Vcs já ouviram falar de um baralho Xamã, dos índios norte-americanos (pelo menos um grupo de irmãos do norte que eu nao abomino)?
O nome do livro é As Cartas do Caminho Sagrado (a lição do xamãs), e ele vem com esse baralho e fala da história e da aplicaçao de cada carta.
Meu pai conheceu através dos Guerreiros do Coração, um grupo que se reúne mensalmente com o intuito de discutir a relaçao do homem (aqui refiro-me aos homens mesmo, uma vez que o grupo nao admite mulheres) com o mundo, com as mulheres, enfim.
Bem, o que eu quero dizer é o seguinte.
A gente tem que espalhar essas cartas e virar aquela que mais nos atrai.
Ontem eu fiz isso. Tirei a carta "O Escudo do Leste".
Basicamente, ela diz "É hora de colocar ordem na sua vida".
Falava tbm em começar a fazer isso terminando projetos inacabados.
E eu descobri a quantidade enorme de coisas que comecei e nao terminei! Decidi nao tirar nenhuma outra carta enquanto nao sentir que tivesse minha vida mais ou menos organizada.
Como comecei? Colocando meu lado turco (ops!, turca non, síria-libanês.) pra funcionar: pus minha contabilidade em dia.
Pode parecer bobagem, mas a minha cabeça funciona muito melhor com as contas arrumadas.
Depois fui descobrindo milhares de pequenas coisas que resolvi arrumar.
Dizem que o ambiente onde vivemos corresponde ao estado da nossa mente, ou seja, se tá tudo uma bagunça à minha volta, minha mente está igualmente bagunçada.
E dando uma olhada ao meu redor, percebi que tenho muito a fazer.
Então, mãos à obra!

Vou ali dar uma arrumada na minha gaveta, com licença.

24 maio, 2005

Saudade

"Saudade ventura ausente,
Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente,
Sem saber como e porquê."

Dizem que essa palavra só existe na nossa língua.
Mas com certeza o significado dela é universal.
Temos saudade de um tempo que passou, de um lugar que há tempos nao visitamos.
Entretanto, sentimos saudades principalmente de pessoas.
E mesmo que este sentimento seja visto como algo relacionado à tristeza, não o vejo desta forma.
Porque só sentimos saudades daquilo que é bom, daqueles dos quais gostamos.
E isso é legal.
Sentir saudades é a prova de que somos capazes de gostar, de amar.
De lembrar.
Quem é que não tem surtos de nostalgia de vez em quando?
Quem é que não fica saudosamente lembrando da infância, dos amigos, das travessuras?
Sentir saudades é estar vivo.

E é por isso que não vou ficar triste por estar morrendo de saudades de alguém muito querido...

20 maio, 2005

Santa Ingenuidade...

Sala de aula.
Prof.: Alguém sabe onde fica a pólvora no fósforo?
Erguem-se quarenta vozes ao mesmo tempo, trinta e nove gritam:
Na cabeça!
Meu irmão, timidamente, diz: Na caixa.
Prof.: Alguém disse que é a caixa.
Meu irmão, ficando vermelho: Fui eu.
Prof.: E como é que tu sabe?
Meu irmão: Hum... minha irmã já estudou isso...

Era para ter acontecido um Júri aqui na quarta-feira.
Foi adiado.
Era para estar acontecendo um Júri hoje.
Foi aberta a sessão e encerrada em seguida. Porque?
Advogado doente.
Foi adiado.
E espero eu que aconteça um Júri no dia 30.
Provavelmente vai acontecer.

Eu acho muito legal assistir a Júris. Só assisti 02 até hoje, dos quais apenas um pude ver inteiro.
Mas amei.
O crime do próximo é homicídio. Mais legal ainda.
Quer dizer, eu vou apenas ver, né.

E como o de hoje não pôde continuar, esse prédio tá um s o s s e g o . . .

Aparecidos, Desaparecidos e Reaparecidos

São coisas da blogsfera.

Os aparecidos são a Tamia (que por um lapso eu ainda nao tinha linkado), o Me and Myself, que conheci há pouco tempo e já gostei e o dono do nome mais criativo que eu já vi, bem como de um template maravilhoso: Alfinete Elessar Odinsson.

Os desaparecidos na realidade é o desaparecido: Arno Anderson, o blogueiro que é barriga verde como yo e que não dá mais as caras nem no próprio blog.

E finalmente, As Reaparecidas: Cláudia Louca, cujo blog estava aparecendo como uma página em branco nas últimas semanas; e para o bem de todos e felicidade geral da nação, a Aninhaa.
Pois é, esqueçam o post sobre o fechamento do CalaBoca.
Coisas de Ana Cartola...

19 maio, 2005

Eu já disse que sou fã do Luis Fernando Veríssimo?
Não? Então, tá.
Eu sou fã do Luis Fernando Veríssimo.
E enquanto dava umas voltas econtrei este texto dele (entre outros):

AMOR

Ela: Você me ama mais do que tudo?
Ele: Amo.
Ela: Paixão, paixão?
Ele: Paixão, paixão mesmo.
Ela: Mais do que tudo no mundo todo?
Ele: No mundo todo e fora dele.
Ela: Não acredito.
Ele: Faz um teste.
Ela: Eu ou fios de ovos.
Ele: Você, fácil.
Ela: Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo.
Ele: Prefiro você.
Ela: Futebol.
Ele: Não tem comparação.
Ela: Você esta caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita "Devolve tio!" e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição.
Ele: Prefiro você.
Ela: Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça.
Ele: Você vai junto?
Ela: Não.
Ele: Pela televisão se vê melhor.
Ela: Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma musica no rádio e é uma nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem para aquela noite... e o Itamar está dando certo.
Ele: Você.
Ela: Voltar a infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer squish entre os dedos.
Ele: Você, longe.
Ela: A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu.
Ele: Que dúvida. Você.
Ela: Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária.
Ele: Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente.
Ela: A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem sem calcinha.
Ele: Desligo o telefone.
Ela: Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de credito que nunca expira.
Ele: Prefiro você.
Ela: Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo "Vem".
Ele: Hummm...
Ela: Como, hummm? Ela ou eu?

.... Silêncio de 5 segundos ...

Ele: Qual é a marca?
Ela: Seu cretino!

Que me dizem?

Hoje eu achei uma ocupação...
Confiram aqui, tenho certeza que mais gente vai gostar.

18 maio, 2005

Mas tem outra coisa...

...pra me deixar triste hoje.
Mesmo trabalhando num lugar onde a gente sabe que existe rotatividade, como é o caso do Fórum, é brabo ter que ver isso acontecer. Bem, explica-se.
Hoje foi o último dia de trabalho de uma amigona daqui.
Eu sei que a vida é feita de fases, e que hoje uma encerrou-se pra mim, mas principalmente pra ela.
Pessoas vêm e pessoas vão. E sempre tem aquelas que deixam marcas mais profundas do que outras.
Aprendi muita coisa com ela. Na verdade, a gente aprende com todo mundo todos os dias, é tudo uma questão de percepção.
Mas tô falando de um caso em que eu aprendia conscientemente. Foi uma troca de experiências extremamente gratificante esse período em que pude ter uma amiga dessas tão próxima.
Claro que a amizade continua. E graças às maravilhas da modernidade, podemos nos falar por e-mail todos os dias.
Sabe aquelas pessoas que têm TUDO A VER contigo?
Ela é uma dessas. Apesar da diferença de 12 anos que há entre nós, do fato de que nossas vidas tiveram formações muito diferentes, do fato dela ter mais experiência na própria vida, ter filhos, bem, apesar de tudo isso, somos duas adolescentes deslumbradas.
E digo adolescente porque ela tem o espírito muito jovem.
Estamos ambas a conhecer a vida, embora de formas diferentes.
Foi estranho vê-la tirando os "rastros" da mesa, é verdade.
Mas estou desejando ardentemente que tudo tenha sido para o seu bem, para o seu crescimento mental e espiritual.
Enfim, sei muito bem que nos próximos dias ouvirei falar bastante nela, afinal, uma tagarelice daquelas faz falta. De vez em quando vai ter alguém dizendo: "Como ela faz falta", "Isso aqui tá muito silencioso sem ela".
Entretanto, daqui a pouco vem outro para ocupar a vaga, jamais será igual, mas terá as suas particularidades, suas dificuldades e suas alegrias para compartilhar conosco.
E embora não a esqueçamos, assim como ela de nós, cada um tem consciência de que a vida deve continuar.
Que isso aqui é uma máquina em movimento eterno, e que esta máquina não pode parar.

E para terminar, não vou citar Nietzsche, fico com uma frase do meu pai, mesmo:
"É triste a dor do parto, mas tenho que partir".

O CalaBoca tá fechando.
E estão acontecendo protestos por todo o Brasil (e possivelmente no exterior tbm) para que tal não aconteça.
Estou triste, é verdade, porque além daquele blog proporcionar muitas risadas, foi nos comentários de lá que conheci gente legal pra caramba, como esse cara aqui e essa outra pessoa aqui.
Mas apesar disso, acho que ninguém pode exigir que a Aninha continue mantendo algo que ela não quer mais.
Sei lá, a fase CalaBoquense dela passou, e aí, que que a gente pode fazer?
Quer saber, desejo tudo de bom pra autora.
E que ela faça o que for melhor. Pra ela.

P.S.: Nada de protestos aqui, viu, seu Tico. Eles devem ser encaminhados lá pro CalaBoca.

17 maio, 2005

Nao posso dizer que a tarde foi corrida, mas posso dizer que foi muito ocupada.
E foi bom.
Tô digitando um texto sobre Responsabilidade Médica (a parte jurídica da história, claro), e ainda falta muuuuuuuuitas coisa.
Mas por hoje chega! Já passei do meu horário outra vez.
Que menina dedicada, hein?!

Pra nao dizer que nao passei por aqui.
Abraços, Povo!

16 maio, 2005

Algumas observações...

...feitas na sala de aula sobre o sistema de ensino deste maravilhoso país.

- Sobre o hábito da leitura:
É fato que o povo brasileiro não tem este hábito, mas era de se esperar uma leitura um pouco melhor de adolescentes de 14 a 17 anos, né não.
Hoje eu tava observando como aquela galera não sabe se expressar, falando e menos ainda escrevendo.
É aterrorizante.

- Sobre a qualidade dos professores:
Há professores ótimos.
Há professores bons.
Há os regulares.
E tem uma classe de professores que eu não classifico em nenhuma das anteriores, são aqueles que simplesmente não têm pulso pra lidar com uma turma que tá na fase mais questionadora da vida.
São aqueles dos quais os alunos fazem gato e sapato. Aqueles que se orgulham muito de serem "liberais" e não percebem que o nome disso não é liberalidade, é "decadência". Tá talvez não seja esse, mas é isso que eu quero dizer.
O mais interessante, é que não se pode mais dizer que são os professores novos ou os antigos. Não há mais essa divisão.
Tem novos que são bons e que não são.
E tem antigos que são bons e que não são.

Vou parar por aqui, mas continuo observando.
Sala de aula é um lugar interessante para algumas análises, tem todo o tipo de espécimes que se queira estudar.

12 maio, 2005

Tipo Assim...

Meu expediente acabou há meia hora, eu tô passando um fax quilométrico (faltam umas 40 folhas ainda) pra Sorocaba, o que corresponde a ligação cair mais umas 3 vezes e ainda tenho que corrigir e imprimir o relatório do projeto Climatério/Menopausa da minha mãe.
A parte boa (pq tem que ter uma) é que tô fazendo isso ao som da trilha do filme do Ray Charles.

10 maio, 2005

UEEEBAAAAAAA!!!!!!!!!!

Tem outro TSI aqui pra instalar um programa que está sendo instalado emm todo o Tribunal de Justiça do Estado e vejam só que legal: ele resolveu meu problema.
Não tem jeito.
Vocês vão ter que me engolir.

09 maio, 2005

Sobre o Egoísmo

Tava dando um rolê por aí, e lendo uns comments me deparei com o seguinte (mais ou menos isso): "o ser humano é egoísta até em seus atos mais altruístas".
E cheguei à conclusão de que concordo com o autor.
Me lembrei de uma aula de filosofia do começo do ano, em que se questionou se a fé nasce conosco ou é adquirida no decorrer dos anos.
Isso me levou a pensar sobre os montes de sentimentos que temos guardados desde cedo e temos que organizar durante a vida.
Imaginei as emoções todas embaralhadas no cérebro de um bebê, mas mesmo assim ela as identificando com admirável clareza. Depois, à medida que crescia, a criança passava a organizar estes sentimentos, cada um em uma repartição própria, ela aprendia o lugar de cada um com a prática, se machucando, se vangloriando, se humilhando, enfim, experimentando as emoções. Acontece que quando estava tudo bagunçado, o dono dos sentimentos sabia onde encontrá-los, mas depois que começou a organizar, e para viabilizar isso, receber influências externas, ficava cada vez mais confuso.
É comum um individuo ter características mais acentuadas em seu caráter do que outras, e assim, ele é taxado de acordo com aquela que se sobressai mais. Pode ser generoso, sovina, mau-humorado, alegre, sério, brincalhão. Ou egoísta.
E como possui todas as outras características, sejam elas boas ou más, o ser humano tem também intrínseco o egoísmo. Que revela-se a todo momento e se manifesta das formas mais diversas. Não é apenas sinônimo de mesquinhez, como é comumente utilizado. Ele transparece num olhar cínico, numa frase irônica. Às vezes vindo de pessoas das quais jamais imaginaríamos.
Fiquei pensando naquele comment. Eu sou taxada de egoísta desde muito cedo pelas pessoas que me conhecem de perto. E recordei das inúmeras vezes em que, tentando me convencer de que era para o bem de outrem, fiz ou disse coisas que favoreciam apenas a mim.
O interessante é que, nessas situações, acabava convencendo aos outros de que aquilo era, de fato, altruísmo.
Dos sete pecados capitais, o egoísmo é o mais prosaico. Podem dizer que perde em popularidade para a gula, mas não creio nisso.
Há também a ira, muito comum nos dias de hoje desde tenra idade. Mas também não me convenço de que seja mais praticada do que o egoísmo.

Porque o egoísmo está na raiz de todos os males.
E está na essência da humanidade.
Podemos tentar escondê-lo, mas jamais livrar-nos-emos dele.

My Big Brothers

No último dia 05 (que por sinal foi uma data muito simpática – 05/05/05), meu irmão caçula fez 13 aninhos.
É tão estranho vê-los (ele e o outro mano, de 15) assim ‘grandes’.
É estranho porque eu lembro que dava banho neles, na época em que ainda não tinham a malícia de agora. Eu não tenho irmãs, então eles eram a minha companhia, e tendo sido criados em um sítio, não faltava o que fazer. Corríamos, pulávamos, nos machucávamos, enfim, éramos crianças juntos.
Depois viemos morar aqui na Jagua. Com 11 anos, tava entrando na adolescência e a chata da família era eu. Os meus meninos ainda eram crianças.
E agora eu os vejo me pedindo conselhos sobre garotas, falando em garotas, pensando em garotas, e vejo que eles estão crescendo, fico imaginando como meus pais se sentem. Acho que essa fase se manifesta de uma forma tão diferente em garotos e garotas que não percebemos que no fundo é a mesma coisa, mas a questão é que a adolescência está se manifestando nos meus maninhos, e sinto que, por mais que eles ainda precisem de mim, essa necessidade tá tão diferente que às vezes dá medo...
Aí vem a sensação de estar parada no tempo. Já sentiram isso? É tão maluco. Parece que o tempo tá passando mas não tá fazendo efeito em mim.
Quer dizer, pensando de forma lógica, sei que isso não é verdade. Os fatos comprovam que o tempo tá passando e eu também tô crescendo. Afinal, sou quase maior de idade (qdo se tem 16 anos a gente tenta encurtar ao máximo a distância dos 18), quase terminado o ensino médio (graças a Deus), e vejo no espelho que não sou mais criança.
Mas isso é o racional que me diz, ainda tenho a sensação de estar estática no tempo.
Raios! Dá pra explicar?!
Sei que tem aquele lance de que adolescência é a fase das transformações, indecisões, etc. etc. etc. Mas isso não me diz nada, né não? É só desculpa para não ter que nos explicar as coisas.

Bem, me perdoem se fui um pouco incoerente, é que às vezes as idéias vão se atropelando na cabeça e a gente vai só escrevendo na ordem em que elas chegam primeiro. E isso pode ficar meio doido.

Anos Dourados

Vasculhando uns e-mails antigos, encontrei este:

Dá pra acreditar que a gente fez isso? Que bom que muito disso ficou registrado na memória.

ANOS DOURADOS

Para os nascidos entre 1930 e 1970, remanescentes da idade de ouro.
Se você não nasceu nestas épocas - antes ou depois - não importa, leia e sinta a diferença!
Olhando para trás, é duro acreditar que estejamos vivos até hoje. Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa a prova de crianças em vidros de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos carona.
Bebíamos água direto da mangueira e nos riachos, e não da garrafa, ou em copos descartáveis. Nós gastamos horas construindo nossos carrinhos de rolimã para descer ladeira abaixo, e só então descobríamos que tínhamos esquecido dos freios. Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa pela manha e brincávamos o dia inteiro, só voltando quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém podia nos localizar. Não havia telefone celular. Nós quebramos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar e processar, só a nós mesmos...
Nós tivemos brigas e esmurramos uns aos outros e aprendemos a superar isto.
A amizade continuava a mesma... Nós comemos doces e bebemos refrigerantes, mas não éramos obesos. Estávamos sempre ao ar livre, correndo e brincando. Compartilhamos garrafas de refrigerante, e ninguém morreu por causa disso. Não tivemos Playstations, Nintendo 64, vídeo games, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, surround sound, celular, computadores ou Internet.
Nós tivemos amigos. Nós saíamos, e os encontrávamos. Íamos de bicicleta ou caminhávamos até a casa deles e batíamos a porta.
Imagine tal coisa! Sem pedir permissão aos pais... Por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como fizemos isso? Nós corremos, brincamos e inventamos jogos com varas e bolas improvisadas, apanhamos do chão e comemos frutas caídas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca passamos mal, ou tivemos dor de barriga para sempre, ou uma contaminação fatal!
Nos jogos da escola, nem todo mundo fazia parte do time. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a frustração... Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano... Que horror! Não inventavam testes extras nem aprovação automática.
Éramos responsáveis por nossas ações e arcávamos com as conseqüências.
Não havia ninguém que pudesse resolver por nós. A idéia de um pai nos protegendo, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Nossos pais protegiam mais as leis do que a nós! Imagine!
Nossa geração produziu alguns dos melhores enfrentadores de risco, negociadores de soluções, criadores e inventores!
Os últimos 50 anos foram uma explosão descomunal de inovações e novas idéias. Foi o esplendor da criatividade humana... Foi a verdadeira Renascença da humanidade! Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com tudo isso... A VIVER, enfim!
MEU BEIJO CARINHOSO, AFINAL EU SOU UM FELIZARDO VIVI TUDO QUE EU TINHA DIREITO. E VOCÊ???

Recebi (euzinha, a autora deste blog) o e-mail com esta pergunta, e respondi:

Não nasci nestes "anos dourados", na verdade, eu vim quase duas décadas depois, mas posso dizer que, enquanto criança, aproveitei ao máximo as oportunidades que a vida me deu de ser CRIANÇA, no mais amplo sentido da palavra, muitas das coisas descritas acima tiveram lugar na minha infância.
Eu não tive videogame, internet, não tive televisão nas horas que eu quisesse.
Eu subi em árvores, morros, brinquei de "aventuras na selva" com meus irmãos, comi muuuuitas frutas direto do pé, eram carambolas, jabuticabas, laranjas, goiabas, murtas, e por aí afora. Escorreguei nas "canoas" dos coqueiros. Tomei banhos de mar escondido. E tudo sem precisar sair da minha casa e das casas das minhas avós.
Hoje, muitos dos meus colegas adolescentes podem achar isso meio "jeca", mas a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha infância foi ter passado ela no sítio.
Eu caí muito (no sentido literal e figurado) para aprender coisas que hoje fazem muita diferença na minha vida.
E por tudo isso, da minha vida e da vida de todos vocês, eu parabenizo os felizardos que tiveram a honra de nascer nos ANOS DOURADOS e deram a honra de estar presentes na vida de pessoas como eu, para nos ensinar as maravilhas de ser criança. PARABÉNS.

04 maio, 2005

Eu tava aqui me perguntando porque que escrevi o post das listas... sei lá, tem coisas que a gente não tem que explicar, né?

Alguém já leu ‘As sandálias do Pescador’ do Morris West? É interessante, principalmente por causa do momento histórico que estamos vivendo.
Aconselho a leitura.

Tava aqui fazendo umas listas mentalmente, e resolvi posta-las.
Aí vai:

Lista das coisas (concretas ou abstratas) e lugares (reais ou imaginários) que eu amo:
 Livros
 Mais livros
 Meu quarto
 Fórum
 Hogwarts (é, a escola do Harry Potter)
 Tricô (sério, não tô falando de fofoca aqui, é o tricô tradicional)
 Computador
 Chuva
 Muita chuva
 Música clássica
 MPB
 Pintar
 Escrever
 Falar, e muito (para desespero dos que me cercam)
 Bater papo com minha avó
 Macarrão, lasanha e afins
 Filmes de guerra
 Filmes de época
 Europa medieval
 Grécia antiga
 Mitologia grega
 Filosofias orientais
 Rússia*
 Inglaterra*
 Machu Pichu*
 Inverno
 Minha vitrola
 Meus LP’s
 Serra gaúcha
 Veneza*
 Romances policiais
 Esse blog
 Os blogs que tão ali na lista e alguns que não estão

* Não conheço pessoalmente.

Acho que por enquanto é isso, se eu lembrar de mais alguma coisa coloco depois.
Agora passemos à segunda lista.

Lista das pessoas (que conheço pessoalmente) que eu amo/gosto muito:
 Meus pais
 Meus irmãos (pelo menos é o que os meus pais dizem)
 Minhas avós
 Minha prima (que faz as vezes de irmã na falta de uma)
 Demais parentes em primeiro grau
 Meus colegas de trabalho (não todos, mas é a maioria e não seria ético especificar)
 As amigas (algumas delas estão nos links dos fotologs)
 Os amigos
 Minha professora de língua portuguesa (acredite quem quiser)
 Minhas ex-colegas do curso que eu fiz em 2003 (a maioria das quais nunca mais vi)
 Um Promotor de Justiça que deu o ar de sua graça aqui no fórum no ano passado e que, decididamente, marcou
 Minha ex-professora de espanhol

Lista de pessoas (que eu não conheço, vivas ou mortas, reais ou fictícias):
 Chico Buarque
 Zélia Duncan
 Milton Nascimento
 Ney Matogrosso
 Tarcísio Filho
 Raul Cortez
 Agatha Christie
 Hercule Poirot
 Harry Potter
 Antigos Deuses Gregos (principalmente Palas Atena)

Bem, acho que é isso.
Se alguém tiver mais alguma idéia de uma coisa legal que talvez eu goste mas tenha esquecido, pode ficar a vontade para dizer (algo me diz que tem alguém que vai falar em chocolate...).

30 dias

É o tempo mínimo que eu vou ficar sem internet.
Quer dizer, é o tempo que o TSI vai ficar fora, o que dá no mesmo, porque ele é o único que pode me salvar dessa.
Enfim, vou fazer como já disse no post anterior: digitar no word e usar outro micro pra postar depois.
Aliás, isso já é um pedido de desculpas: não vou mais poder visitar os blogs mais legais que eu conheço, porque vou usar outro computador nos intervalos de lanche da dona do mesmo, o que corresponde a apenas 15 minutos.
Isso sem contar que eu tô sem ver meus e-mails tbm. Ai, ai
São coisas da vida, né não?
Mas tbm tem o lado positivo: como fico a tarde à toa na frente do computador, dá pra escrever mais. Na verdade isso pode ser um lado negativo, dependendo do ponto de vista.

That’s all, folks!!!

03 maio, 2005

Considerações sobre minha ausência na net

Ainda tô sem internet.
De forma que os meus planos pra postar hoje foram pro brejo.
Tô aproveitando pra postar de um outro micro (um texto anteriormente digitado no Word) só pra explicar porque que não tá dando pra eu visitar os meus blogs preferidos.
E enquanto o TSI (Técnico de Suporte de Informática) estiver doente, a previsão é cotinuar sem net (snif).
Obrigada pela compreensão, folks!
Vou colocar aqui um pequeno diálogo (pequeno mesmo, é constituído de duas falas) que ocorreu entre eu e meu papito ontem.
Quando tem níver aqui no fórum o aniversariante traz bolo pra fazer festa, é tipo tradição. Aí ontem teve um desses nivers. Depois de limpar tudo na sala de audiências, levei os salgados que sobraram pra Copa e fui limpar a mesa.
Quando voltei, papito tava ‘atacando’ os salgadinhos, e como não sou de dizer não pra comida, fiz o mesmo.
Chegamos então (finalmente) ao pequeno diálogo:
Papito (entre uma bocada e outra): - Filha, a gula é pecado, hein.
Euzinha (tbm entre uma bocada e outra): - É um pecado hereditário.
Papito (parando o salgadinho a caminho da boca): cara de tacho.
FUIIIII!!!!!

02 maio, 2005

Gente, a tarde voou.
E na metade dela descobri que meu micro não está acessando a internet.
Legal, né?
Bem, meu fim de semana foi exatamente como o previsto, mas menos nebuloso do que eu imaginava.
Agora, se me dão licença, foi só um sinal de vida mesmo.
Vou embora que tá na minha hora.
Au revoir