17 setembro, 2006

"Eu aprendi...
... que macho que é macho não manca, anda diferente;
... que macho que é macho não sente dor, compartilha a dor dos outros;
... que macho que é macho não cai, se joga;
... que macho que é macho não se perde, escolhe o caminho errado;
... que dizer que se sente uma "dor do lado" pode comprometer uma reputação;
... que numa turma animada a vida fica mais alegre (ou terá sido a caipirinha?);
... que uma dupla de desocupados mui criativa pode perfeitamente se chamar Penico e Urinol;
... que uma Sementinha pode descobrir dezenas de bolhas no pé (?!);
... que um zíper estragado de mochila pode servir de piada por 4 dias consecutivos;
... que "Assim é fácil!" pode virar o lema dos momentos em que não se tem o que dizer;
... que a Brincadeira da Mão é bem legal;
... que um banho pode ser a maior maravilha do mundo;
... que se pode transformar cadeiras em um berço;
... que a teimosia pode ser o único jeito de "chegar lá";
... que uma gangorra pode ser muito, muito "produtiva";
... que uma música (e sua coreografia) pode ficar na cabeça indefinidamente;
... que 2km podem parecer 10.

Aprendi também que as pessoas podem ir muito além do que imaginam. E que, se bem acompanhadas, podem ir ainda mais longe. Descobri que os pudores são chutados para longe em nome da necessidade, e que a vaidade é decididamente dispensável. Percebi que 4 dias podem resumir todas as coisas que se vê, se sente, se ouve e se fala em toda a vida. Que o canasaço é um magnífico professor, e que se deve chorar ao sentir vontade.
Aprendi também que se pode sentir um orgulho gigantesco de ser chamada de louca, principalmente ao perceber que quem crê que é loucura não faz a menor idéia do quão feliz se pode ser ao ser louco.
Aprendi que a saudade pode ser uma companheira e tanto...

Na noite anterior à saída da Caminhada meu pai me perguntou se eu tinha algum objetivo ao ir. Cheguei à conclusão de que minha intenção era descobrir justamente o porquê dessa paixão, dessa euforia por estar indo.
Se eu descobri?
Sinceramente não sei. No funco ainda não consigo entender. Porque não se trata de algo palpável, é algo que simplesmente se sente. Uma alegria imensurável.
Por estar indo, por estar lá, por ter ido.

Enfim, resta agradecer. Pelo clima, que conspirou a nosso favor; pela poeira, que nos fez valorizar mais do que nunca um banho; pelo cansaço, que nos ensina que o colchonete pode ser sinônimo de felicidade.
E, acima de tudo, agradecer pelos maravilhosos companheiros de Caminho que tive a honra de conhecer.
Agora o lance é aguardar a próxima.
E lembrar de nos encontrarmos antes disso para tomar uma de boa procedência.

5 Comments:

At 12:13 PM, Blogger Aline Bottcher said...

wow....li ontem mas só comento hj.
lind post de verdade...
lindo lindo..
que bom que pode tirar algumas conlusões, né?

 
At 1:01 PM, Blogger Kaka said...

Mamy: COM CERTEZA! Foi muito além das espectativas.
Slurb Girl: Yes, a gente sempre pode tirar alguma conclusão de tudo...

 
At 1:01 PM, Blogger Kaka said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
At 10:20 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu ainda tô pra descobrir o valor de uma caminhada dessas...

mas já sei muito bem o valor da minha cama no final do dia. :-)

 
At 9:04 AM, Blogger Tamia said...

Ainda bem que teve algum tipo de valor a tua caminhada!
Sê bem-vinda de volta a casa!

 

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