26 setembro, 2006

Tá apaixonadaaaaaa!
Essa frase já tá virando clichê.
Não que eu tente negar... é só que... é tudo muito estranho! Eu sou aquele tipo de pessoa que tem que sempre estar no controle de tudo que diga respeito à própria vida, e de repente estou me sentindo tão... adolescente!
Tá, talvez mais estranho ainda seja uma frase como essa aí de cima, afinal, eu sou uma adolescente. Mas não tô acostumada a essas coisas típicas dessa "fase cor de rosa". Uia! Tô ficando mais incoerente também!
O que eu quero dizer é que é muito, mas muito difícil eu assumir o motivo da minha "bobeira". Não que tenha como esconder, mas uma coisa é outros perceberem, outra coisa é a gente admitir, certo?
Então, euzinha, que sempre tive milhares de palavras pra cada assunto, estou ficando sem essas danadas. E isso também é estranho.
Talvez eu esteja sendo precipitada ao escrever assim, num lugar em que com certeza o outro lado da história vai ver. É. Talvez eu esteja mesmo. Mas, de repente, estou me dando ao luxo de ser precipitada, incoerente, avoada. Coisas que normalmente passam longe dessa garota séria.
Eu não sei até quando vai durar isso.
Eu não sei SE vai durar.
Eu não sei nem se está mesmo acontecendo!
Do que eu tenho certeza é que a experiência está sendo muito boa. Não me lembro de já ter me sentido tão... leve!
E não sei se me fiz entender, porque as palavras estão mais ou menos como meus pensamentos: completamente desorganizados. Mas tenho certeza que o motivo é compreensível.

***

Sobre blogs na lista:

Seguinte, aquele que tá ali em 1° lugar na lista (e está ali por um motivo que parecerá óbvio a quem for lá) é novinho em folha. E precisa de uns ajustes. Mas já é muito especial pra esta que voz escreve....
O Poeta e a Ana p. já são manjados pela galera né? Engraçado... fui conhecer eles naqueles djanelons (é assim que se escreve) muito doidos que a Mamy me coloca e não nos blogs... Mas, enfim, já os conhecia de propaganda e hoje, batendo um papo com a Ana, acabei descobrindo uma "parente".

Bem, é isso. Eu acho.


(Esse eu não li depois de escrito. Seja o que Deus quiser!)

18 setembro, 2006

Não me sai da cabeça...

Noite dos Mascarados*

- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- ...que eu quero saber o seu jogo
- ...que eu quero morrer no seu bloco...
- ...que eu quero me arder no seu fogo
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor
- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar
- Eu sou tão menina
- Meu tempo passou
- Eu sou colombina
- Eu sou pierrô
Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
Seja você quem for, seja o que Deus quiser


*Chico Buarque

17 setembro, 2006

"Eu aprendi...
... que macho que é macho não manca, anda diferente;
... que macho que é macho não sente dor, compartilha a dor dos outros;
... que macho que é macho não cai, se joga;
... que macho que é macho não se perde, escolhe o caminho errado;
... que dizer que se sente uma "dor do lado" pode comprometer uma reputação;
... que numa turma animada a vida fica mais alegre (ou terá sido a caipirinha?);
... que uma dupla de desocupados mui criativa pode perfeitamente se chamar Penico e Urinol;
... que uma Sementinha pode descobrir dezenas de bolhas no pé (?!);
... que um zíper estragado de mochila pode servir de piada por 4 dias consecutivos;
... que "Assim é fácil!" pode virar o lema dos momentos em que não se tem o que dizer;
... que a Brincadeira da Mão é bem legal;
... que um banho pode ser a maior maravilha do mundo;
... que se pode transformar cadeiras em um berço;
... que a teimosia pode ser o único jeito de "chegar lá";
... que uma gangorra pode ser muito, muito "produtiva";
... que uma música (e sua coreografia) pode ficar na cabeça indefinidamente;
... que 2km podem parecer 10.

Aprendi também que as pessoas podem ir muito além do que imaginam. E que, se bem acompanhadas, podem ir ainda mais longe. Descobri que os pudores são chutados para longe em nome da necessidade, e que a vaidade é decididamente dispensável. Percebi que 4 dias podem resumir todas as coisas que se vê, se sente, se ouve e se fala em toda a vida. Que o canasaço é um magnífico professor, e que se deve chorar ao sentir vontade.
Aprendi também que se pode sentir um orgulho gigantesco de ser chamada de louca, principalmente ao perceber que quem crê que é loucura não faz a menor idéia do quão feliz se pode ser ao ser louco.
Aprendi que a saudade pode ser uma companheira e tanto...

Na noite anterior à saída da Caminhada meu pai me perguntou se eu tinha algum objetivo ao ir. Cheguei à conclusão de que minha intenção era descobrir justamente o porquê dessa paixão, dessa euforia por estar indo.
Se eu descobri?
Sinceramente não sei. No funco ainda não consigo entender. Porque não se trata de algo palpável, é algo que simplesmente se sente. Uma alegria imensurável.
Por estar indo, por estar lá, por ter ido.

Enfim, resta agradecer. Pelo clima, que conspirou a nosso favor; pela poeira, que nos fez valorizar mais do que nunca um banho; pelo cansaço, que nos ensina que o colchonete pode ser sinônimo de felicidade.
E, acima de tudo, agradecer pelos maravilhosos companheiros de Caminho que tive a honra de conhecer.
Agora o lance é aguardar a próxima.
E lembrar de nos encontrarmos antes disso para tomar uma de boa procedência.

06 setembro, 2006

Nunca tente explicar nada, seus amigos não precisam e seus inimigos não iriam acreditar.

Amo essa frase. Na real, acho que ela diz tudo e mais um pouco, e procuro segui-la na medida do possível.
Mas sabe-se lá porque, tenho essa... necessidade de me explicar pra vocês, caríssimos amigos da blogsfera.

Não é novidade que eu tô ausente daqui, né? Daqui e dos outros blogs ali da lista de links (e de outros que não estão ali), diga-se.
Eu acho que já falei sobre o assunto no post ali de baixo, mas vou repetir: simplesmente não tô raciocinando por causa da proximidade da Caminhada. Aliás, os professores também já perceberam e estão me olhando meio atravessado...

Pode parecer loucura esta ansiedade por passar 4 dias caminhando, com um monte de desconhecidos. Dormindo em colchonete, ficando à mercê da chuva e do sol, do lodo, da poeira, de calos, de bolhas, do cansaço... Me expondo de uma forma perigosamente espontânea, uma vez que se está tão preocupado em vencer mais um quilômetro, que não sobra muita vontade de esconder aquelas coisas que se esconde no dia a dia. E que são tão "nós mesmos".
É, pode parecer loucura. E deve parecer loucura essa minha empolgação, minha euforia por este evento. Na verdade, eu também não entendo de todo o impacto que a Caminhada tem sobre mim. O fato é que a da ano passado foi a experiência mais incrível da minha não muito longa vida, e que desde o término daquela, eu não via a hora de chegar esse 7 de Setembro.

Então, o que eu tinha necessidade de explicar era sobre a minha ausência, não tenho a pretensão de conseguir entender, quanto mais fazer outros entenderem, o que se passa comigo com relação à Caminhada da Paz.

Mas é isso.
Finalmente estamos indo. Amanhã de manhã começarei a andar em direção... bem, fisicamente, é em direção ao município de Urubici. Mas essa Caminhada significa mais ir em direção ao interior, sabem. Ao limite, ou quase (pra não exagerar muito). Da resistência, da paciência.
Tô indo.

Talvez na volta eu consiga sintonizar novamente com o planeta.
Ou não.